Quando a realidade ultrapassa a ficção, nos restam os sonhos.
É com a maior felicidade que anunciamos o 16º lançamento da Goma Gringa, o disco que mais nos acompanhou nestes tempos transtornados, a fantástica e extraordinária Suíte Onírica do Rafael Martini.
Gravado entre Brasil e Venezuela pelo Rafael Martini Sexteto e a Orquestra Sinfônica da Venezuela e Coral, o disco traz uma música híbrida, que transita entre canção, música sinfônica, jazz e música instrumental brasileira.
Apresentando um obra jazz-sinfônica composta e orquestrada por Martini, com textos do poeta Makely Ka inspirados no universo dos sonhos, o disco tem uma força raramente encontrada no panorama da música popular contemporânea.
"A nova resposta a grandes discos conceituais Brasileiros, sobretudo os produzidos em 1973 como os de Arthur Verocai, Hareton Salvanini e Edu Lobo.”
Ed Motta - Setembro 2020
"Uma realização admirável de Rafael Martini. Um feito amplo e consistente. Território da música; expandido."”
Benjamim Taubkin - Setembro 2020
Categoria: jazz, música brasileira
COMPOSIÇÃO, ORQUESTRAÇÃO E DIREÇÃO MUSICAL
Rafael Martini tem 4 discos lançados, “Motivo”, “Suíte Onírica”, “Haru” (em parceria com Alexandre Andrés) e “Gesto” (em parceria com Joana Queiroz e Bernardo Ramos). Já apresentou seu trabalho no Japão, Espanha, E.U.A., Portugal, Venezuela, Argentina e Uruguai. Vencedor de prêmios de composição e arranjo como o BDMG Instrumental (2004, 2012 e 2019) e o I Guarulhos Instrumental, é acordeonista do Egberto Gismonti Quarteto desde 2018. Assina arranjos, produção e direção musical e atua como instrumentista em trabalhos de artistas como Mônica Salmaso, Sérgio Santos e Silvia Iriondo. É professor da cadeira de piano, arranjo e prática de conjunto da Escola de Música da UFMG, onde dirige a Geraes Big Band.
REGÊNCIA
Osvaldo Ferreira é o Diretor Artístico da Orquestra Filarmônica Portuguesa e da Sociedade de Concertos de Brasília. Foi Diretor Musical e Maestro Titular da Orquestra Sinfônica do Paraná de e Diretor da Oficina de Música de Curitiba, Diretor Artístico da Orquestra do Algarve, do Festival Internacional de Música do Algarve e Diretor e Administrador do Teatro Municipal do Faro. Gravou vários CDs com obras de autores portugueses para a Editora Numérica e um CD duplo com Sinfonias de Mozart. Laureado em 1999 no Concurso Sergei Prokofieff, na Rússia. Recebeu o “Fellowship” do Aspen Music Festival nos EUA, onde frequentou a American Conductors Academy. Foi assistente de Claudio Abbado em Salzburgo e Berlim.
LETRA
Makely Ka lançou os discos “Autófago” e “Cavalo Motor”, publicou os livros “Ego Excêntrico” e Retorno de Saturno” e foi um dos editores da “Revista de Autofagia”, entre outros. É um dos mais requisitados compositores de sua geração. Grande interlocutor da cena musical em Minas Gerais, organizou mostras e festivais, participou de curadorias, produziu discos de outros artistas, fez direção artística de shows, criou trilhas para cinema, dança e teatro, realizou documentários, compôs textos para peças sinfônicas e camerísticas, participou de conselhos de cultura, fundou cooperativas e fóruns de música e escreveu diversos textos sobre política cultural, música, literatura e cinema.
• Edição limitada DeLuxo de 300 cópias exclusivas;
• Disco de 180gr preto prensado pela Polysom;
• A capa é o nosso modelo de capa dura empastada gatefold.
• Capa: Impressão 2x0, tintas Pantone metálica e preta sobre papel couché laminado brilho;
• Forro: Impressão 1x0, tinta preta sobre papel off-set;
• Encarte: Caderno de 16 páginas, na parte interna da capa, impressão 2x0 Pantone metálico e preto sobre papel off-set;
• Rótulos: Impressão 2x0, tinta Pantone;
+
• Poster: somente com as 50 primeiras cópias, formato A3, impresso em serigrafia 2x0, metálico dourado e preto.
Suíte Onírica é uma realização admirável de Rafael Martini. Um feito amplo e consistente. Território da música; expandido.
Nele vivenciamos a diluição das fronteiras - entre o que nos é familiar e aquilo que estabelece outras realidades. Que precisa do olhar do criador como ponte, para que outros possam acessar outros limites. Estar desperto e concomitantemente penetrar o universo do incomum, do extraordinário.
De algo concreto, no sentido da lógica que nos é familiar, no caso a canção tal qual a reconhecemos, surge um movimento que se dilui em outras formas. É de fato uma percepção ampliada, às vezes distorcida e outras magnificada.
E o exercício da música permite esta expansão de múltiplos territórios. O desenvolvimento do tema se dá através de projeções, de desdobramentos que visitam outros lugares, que propõem outra relação de tempo e espaço.
Creio que acontecem duas abordagens básicas ao longo da Suíte, duas aproximações: uma eminentemente orquestral - como em Éter e R.E.M - e aquela que nasce do sexteto e ganha novas cores no diálogo com a orquestra e coral - como em Dual, Loops e Pêndulo, que abre a Suíte, parece equilibrar estas duas tendências.
Embora surgida provavelmente nos anos 20 do séc. XX, foi a partir dos anos 50 ou 60 que se estabeleceu a ideia da Terceira Corrente, o Third Stream, de Gunther Schuller - músico norte-americano que unia elementos da música popular e erudita, para a criação de uma obra. E que de certa forma é uma das principais vertentes musicais do século passado e deste.
A Suíte Onírica se situa neste campo. De forma original e criativa.
Vale citar ambas as performances - do grupo, coro e orquestra. O sexteto toca junto, com exatidão e suingue - não há desperdício de energia. Está tudo ali, concentrado. Loops é um exemplo evidente disto. E a orquestra não impede este desenvolvimento. Vai junto. Creio que isto tem a ver com o fato da Venezuela ser um dos grandes centros orquestrais do mundo - a partir de um projeto de formação - El Sistema. Toquei em diferentes ocasiões com formações sinfônicas - e um dos maiores desafios, raramente logrados, é exatamente este- da orquestra caminhar pari passu com o grupo - sem atrasar. Sendo um corpo gigante sua movimentação é em geral mais lenta. A imagem que sempre me vem é um pássaro como grupo e a sinfônica como um elefante. Ambos são bonitos e tem suas naturezas. A questão é sincronizar.
E o coro, quando acionado se mostra presente, com uma bonita sonoridade.
Suíte Onírica é uma música viva, que cabe no nosso horizonte. Sustenta o nosso afeto e que não está demasiadamente distante. Rafael não nos abandona, como muitos o fazem na busca dos ritos acadêmicos, dos cânones orquestrais. Diversos artistas talentosos escrevem obras buscando se inserir na tradição desta linguagem. Ha mérito nisto, claro. Mas há esquecimento também. De quem somos e de qual a nossa identidade. É muito bacana ver como Martini segue o seu caminho próprio.
Ele nos nutre em nossa expectativa de música, que fala ao nosso imaginário e sacia a nossa sede de significados e beleza.
Benjamin Taubkin - Setembro 2020
SUÍTE ONÍRICA
para sexteto solista, orquestra sinfônica e coro
I. PÊNDULO [a1]
II. ÉTER (SONHANDO COM PIXINGUINHA [a2]
III. DUAL [b1]
IV. RAPID EYE MOVEMENT (SONHANDO COM STRAVINSKY) [b2]
V. LOOPS [b3]
COMPOSIÇÃO, ORQUESTRAÇÃO E DIREÇÃO MUSICAL – Rafael Martini
TEXTO – Makely Ka
REGÊNCIA – Maestro Osvaldo Ferreira
com:
RAFAEL MARTINI SEXTETO
Alexandre Andrés – FLAUTAS
Joana Queiroz – CLARINETA E CLARONE
Jonas Vitor – SAXOFONE
Rafael Martini – PIANO E VOZ
Trigo Santana – CONTRABAIXO
Felipe Continentino – BATERIA
ORQUESTRA SINFÔNICA
DA VENEZUELA
Alfonso López Chollet – ASSISTENTE DE REGÊNCIA
Primeiros Violinos – Alfonso López (Concertino), Susana Salas, Ernesto Niño, Olena Vrublevska-Bastidas, Pedro Guerrero, Aquiles Hernández, Antonio Vásquez, Franklin Ruque, Brenda Rengel, Carlos, Romero Vallenilla
Segundos Violinos – Seo Yeon Lee, José Domínguez, Lucía Alomoto, Frank Vicent, Randy Laya, Isabel Camacho, Margarita Rotinova, Claudia Matos, Enrique Castillo, Jesús Peña
Violas – Olga Tkachenko (Solista), José Olmedo*, José Patiño, Rubén Haddad, Lisandro Morales, Liliana James, Gastón García, Gabriel Salgado, Marcel Rivera, Ana María Oviol
Cellos – Alfredo García*, Luis Alfredo Farfán, Rosángela Bustillos, Angélica Guevara, Andrea Medina, Kayrusan Quintero, Clara Rodríguez
Contrabaixos – César Ortega, Mylene Zambrano, Zuglyn González, Alexis Cedeño, Miguel González Kong
Flautas – María Gabriela, Rodríguez (Solista), Carlos Pabón**, Minerva Moreno
Piccolo – Andrés Eloy Rodríguez*
Oboés – Laura López**, Jack Levy, Hermes Sánchez
Corne Inglês – Hermes Sánchez*
Celesta– Carlos Gutiérrez
Clarinetes – Mark Friedman (Solista), Eleonora Troncone,
Alberto Estrada
Fagot-Contrafagot – José Gregorio Marín*, Christian Colliver
Trompas – Lizbeth Pereira
José Castillo, Gustavo Gómez, Juan Miguel Ramírez
Trompetes – Vicente Freijeiro **, Bogdan Kalmouk*, Jonás Rodríguez *, Pedro González
Trombones – Obeed Rodríguez (Solista), Hugo Narváez, Eduardo Medouse, Edwin Álvarez
Trombone Baixo – Eduardo Medouze*
Tuba – Esteban Villegas (Solista)
Percussão – Denis M. Fallas (Solista), María Carolina Redondo, Ronald Bonilla, Carmen Vargas, Rafael Casanova
Harpa– Anna de Rogatis*
*CHEFE DE NAIPE
**SOLISTA ASSOCIADO
CORAL
Sopranos – Carmen Narro de Sarmiento, Dianela Esther Casares Véliz, Jennifer Karibay Graterol García, Kimberly Carolina Maneiro Quintana, María Angélica Chirivella Oviedo, María Eugenia Silva García, Verónika del Carmen Farías Ascanio
Mezzo-Sopranos – Belkys Nancy Zapata Paredes, Francis Andreina Poleo Hernández, Julio César Salazar Mata, Laura Díaz Báez, Marbellys Coromoto Villarroel Rívas, María de Lourdes Jiménez, Mariana Gómez Barrios, Zohar Nohelia Véliz
Tenores – Alberto José Colmenares Giménez, Héctor Rodríguez, Hilarión Edgardo Correa Barón, Juan Carlos Rojas Saume, José Lisandro Lira Ramírez, Luis Javier Jiménez García, Pablo José Arrieche Pérez, Rimer J. Soto
Barítonos – Carlos Ramón Hernández, Elvis Carmona, Fernando Gregorio Lentini Lugo, Luis Alberto Sarmiento Rodríguez, Luis Alirio Dávila Bravo, Luis Sarmiento, William González
Coordenação executiva geral – Flávia Mafra
Direção geral e Produção musical – Rafael Martini e Hildemaro Álvarez
Gravado nos estúdios Fazenda das Macieiras (Entre Rio de Minas, MG, Brasil) e Estúdios 1BC (Caracas. D.C. Venezuela) – abril de 2016
Gravação Pedro Durães (Brasil) e Alonso La Cruz, Vladimir Quintero, Hildemaro Álvarez e Orlando
Hernández (Venezuela)
Mixagem – Darío Peñaloza
Masterização – Jesús Jiménez
Masterização para vinil – Artur Joly
Projeto Gráfico – Leonora Weissmann / Júlio Abreu (JilóDesign)
Adaptação para vinil e Produção gráfica – Frederic Thiphagne
CORAL
Diretor – Jesús Alberto González
Assistentes – Francis Andreina Poleo Hernández e William González
Coordenador – Luis Javier Jiménez García
Assistente de produção e direção – Adriana Contreras
Apoio: Casa Pierre Pianos
Hildemaro Álvarez é artista exclusivo YAMAHA